Aos invisíveis
Há um romance adolescente fantástico do escritor Stephen Chobosky, chamado “As vantagens de ser invisível”, que relata o problema de um jovem perante ao mundo e ao seu amadurecimento. Ser invisível, é passar pela vida sem ser notado, não ter a noção de “pertencimento” e também não querer fazer parte dele, ou seja, manter à distância. Entretanto, em tempos de crises sociais na qual estamos vivendo, temos testemunhado milhares de pessoas invisíveis, só que desta vez, elas aparecem nas ruas vendendo balas ou água nos faróis, estão morrendo nas filas ou nas UTIs dos hospitais e ninguém às vêem. Estes dias, um senhor aparentando uns 50 anos se aproxima do meu carro e despeja um liquido com água e sabão. Em menos de um minutos enxugou e veio até a mim pedir uns trocados. Nâo tinha. Duas quadras depois, ao parar em um outro semáforo, uma menina, aparentando uns 14 anos, aparece correndo entre os carros e coloca dois pacotinhos de balas de hortelã por R$ 2. Não tinha o que dar a ela e …